"A ascensão e queda de Eduardo Cosentino Cunha em Brasília levou 13 anos, em quatro mandatos de deputado federal, a partir de 2003. Sua incursão na política, porém, começou ainda na década de 80, quando trabalhou nas campanhas de Eliseu Resende, do Partido Democrático Social (PDS), para governador de Minas, em 1982, e de Moreira Franco (PMDB-RJ), para governador do Estado do Rio, em 1986. Mas foi com a ajuda de Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor (PRN-AL) à Presidência da República, em 1989, que Cunha ingressou para valer na vida pública, como presidente da estatal de telecomunicações do Rio, a Telerj, em 15 de fevereiro de 1991, após ter se filiado ao PRN. No ano seguinte, ele foi acusado de ter participado da rede de captadores de recursos ilegais junto a empresários, conforme reportagem publicada pelo GLOBO em 14 de junho de 1992. Na ocasião, Cunha negou qualquer participação no esquema de PC Farias, classificando a acusação de "totalmente mentirosa".
Sua passagem pela Telerj foi pontuada por denúncias de irregularidade em licitação, negadas por Cunha, que apresentou números positivos de sua administração, qualificando-a de transparente. Com a queda de Collor, o presidente Itamar Franco o substituiu por José de Castro Ferreira, em 1993. Carioca, nascido em 20 de setembro de 1958, Cunha trabalhou por algum tempo como corretor na Bolsa de Valores do Rio e consultor de empresas. Aproximou-se do então ministro da Fazenda e deputado federal, Francisco Dornelles, filiando-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB), atual Partido Progressista (PP), em 1995, e do empresário Francisco Silva, deputado federal mais votado no Rio e dono da rádio evangélica Melodia, que o apadrinhou. Silva o levou para cultos evangélicos e para a sua rádio, na qual Cunha lançou o bordão “O nosso povo merece respeito”, além de tê-lo indicado a Fernando Henrique Cardoso para novamente presidir a Telerj, em 1996, onde permaneceu até a privatização da empresa, em 1998."
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